Comarca de Bocaina será agregada a de Picos; entenda

BOCAINA – A Comarca da cidade de Bocaina, que reponde pelos municípios de São Luís do Piauí, São João da Canabrava e Bocaina será agregada a Comarca de Picos. Após sessão que durou quatro horas realizada no plenário do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), nesta segunda-feira (11), os desembargadores aprovaram o projeto que agrega/extingue comarcas do Piauí. O projeto reduz o número de comarcas de 95 para 59 e, de imediato, 19 circunscrições serão agregadas e terão os seus acervos e servidores remanejados para a sede.  

Processo de incorporação de comarcas foi avaliado no Tribunal de Justiça (Foto: Catarina Costa/G1 PI)

Serão fundidas as comarcas de Anísio de Abreu e Caracol, Bocaina e Picos, Cristalândia e Corrente, Conceição de Canindé e Avelino Lopes, Eliseu Martins e Manoel Emídio, Francisco Santos e Picos, Ipiranga do Piauí e Inhuma, Isaias Coelho e Itainópolis, Jerumenha e Guadalupe, Marcolândia e Simões, Monte Alegre e Gilbués, Nazaré e Floriano, Nossa Senhora dos Remédios e Porto, Parnaguá e Corrente, Redenção do Gurgueia e Bom Jesus, São Félix e Barro Duro, Santa Filomena e Gilbués, Socorro do Piauí e Simplício Mendes.

Arraial e Floriano, Alto Longá e Altos, Angical e Regeneração, Aroazes e Valença do Piauí, Beneditinos e Altos, Bertolinea e Manoel Emídio, Campinas do Piauí e Itainópolis, Francinópolis e Elesbão Veloso, Joaquim Pires e Esperantina, Landri Sales e Antonio Almeida, Marcos Parente e Altonio Almeida, Palmeirais e Amarante,  Paes Landim e Simplício Mendes, Santa Cruz do Piauí e Picos, São Gonçalo do Piauí e São Pedro do Piauí, Várzea Grande e Elesbão Veloso.

De acordo com o juiz auxiliar da presidência Antônio Oliveira, coordenador do projeto, o critério utilizado para a agregação foi o número de processos atendidos pelas circunscrições. Aquelas que atendem a um número de processos inferior a 417 por ano, entraram no projeto.
Ele explicou também que as comarcas agregadas continuarão a funcionar nas cidades onde existem com apenas um servidor efetivo. Esse servidor vai receber as demandas da população e enviar para a comarca central, onde foi agregada.

“Não será a extinção, mas sim a agregação dessas comarcas que têm o número mínimo de processos. Isso vai trazer eficiência para a Justiça do estado e uma melhor prestação de serviços para a população. Além disso, o processo equaliza a força de trabalho da Justiça e proporciona uma maior concentração de investimentos para o judiciário do estado”, contou Antônio Oliveira garantindo que o projeto trará benefícios para a população.

Quem é contra o projeto é o Sindicato dos servidores da justiça (Sindjus). Para o presidente da entidade, Carlos Eugênio, a ideia desativa comarcas, o que causará prejuízos irreparáveis para a população que ficaram dependendo ainda mais de outras cidades.

 “Ouvimos a população dessas cidades e identificamos que algumas têm alguns termos que se fossem transferidos para outros aumentaria a capacidade de produção de processos. A segregação inicialmente deveria acontecer apenas com os termos, e não com a agregação”, disse.
Ainda durante a apresentação, o juiz Antônio Oliveira falou ainda que algumas cidades passaram anos sem contar com um magistrado julgando casos. Cidades como Anísio de Abreu e Curimatá passaram 12 anos sem um juiz, assim como Santa Filomena, que ficou 13 anos sem um magistrado.

“A população acaba sendo prejudicada, pela falta de juiz para julgar casos, e com a aprovação do projeto contaria com o juiz nas circunscrições, além disso, os servidores dessas comarcas seriam remanejados e se preciso, haveriam convocações de aprovados do concurso”, disse.

Com o projeto, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) prevê que os tribunais façam reajustes para as comarcas agregadas e lembrou também que o Piauí tem o pior índice de análise de julgamentos de processos.

Com informações do G1/Cidade Verde

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