Projetos agrícolas recebem delegação de técnicos de quatro estados do Nordeste


O Sertão Piauiense durante esta semana foi objeto de estudo para um intercâmbio interestadual que reuniu técnicos de quatro Estados do Nordeste. Ao todo, 10 profissionais entre assistentes sociais, engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas conheceram as experiências de convivência com a seca desenvolvidas através do Projeto Viva o Semiárido.

Técnicos visitaram cooperativas e associações da macrorregião de Picos- Foto: Paula Monize


O Projeto Viva o Semiárido tem como objetivo contribuir para a redução da pobreza e dos níveis de extrema pobreza da população rural do semiárido piauiense por meio do incremento das atividades produtivas predominantes e do fortalecimento organizacional dos produtores rurais.



A delegação formada pelos Estados do Ceará, Bahia, Sergipe e Paraíba visitaram a Central de Cooperativas de Cajucultores do Estado do Piauí (Cocajupi), situada na cidade de Picos; a Associação dos Criadores de Ovinos e Caprinos de Betânia do Piauí (Ascobetânia); e a Cooperativa Mista dos Apicultores da Microrregião de Simplício Mendes (Comapi). Os projetos são apoiados pelo Viva o Semiárido e pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA).




Uma das participantes do intercâmbio, a paraibana e assistente social do projeto Procasi, Sheila Pessoa, disse que a experiência é importante para somar conhecimentos e práticas no fomento a projetos aos pequenos agricultores rurais.

“O intercâmbio é importante porque através da troca de experiências percebemos o que vem dando certo e o que está sendo feito de errado, para que possamos melhorar os projetos de convivência com a seca. No Piauí, visitamos cooperativas e associações que fazem um trabalho excepcional com a ovinocaprinocultura, mel, caju e que tem mudado a realidade econômica e social destes locais. O que vem dando certo aqui é inspirador para levarmos para nossos Estados”, enfatizou a assistente social.




A coordenadora da organização internacional Procasur, Lia Paggio, explica que após o intercâmbio ocorre a avaliação das experiências, e de que forma as mesmas podem ser somadas em outras regiões do Nordeste.

“O objetivo é fomentar o diálogo entre os projetos, sobretudo aqueles que têm a experiência acumulada e levá-las aos novos, compartilhando assim boas práticas, lições aprendidas e soluções para reduzir a pobreza rural. A Procasur junto aos parceiros vem articulando ações na região semiárida. Foram quatro dias bem intensos, visitas que ofereceram uma gama de conhecimentos, experiências. Depois disto, faremos as avaliações e discutiremos possibilidades para outras regiões”, concluiu.

  

A Procasur

Uma das instituições articuladoras e apoiadoras do intercâmbio, a Procasur, é uma organização internacional especializada na gestão de conhecimentos que nasceu no Chile. Atualmente, a mesma atua na América Latina, Ásia, e África. No Brasil, a organização se volta para o Semiárido Nordestino abrangendo sete Estados da federação, e tem como seus parceiros o FIDA, o projeto Semear- Conhecimento em zonas áridas do Nordeste do Brasil, dentre outros.




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