Risco de sofrer ataque cardíaco é 50% maior; e
chance de derrame cresce 15%
Uma
pessoa que dorme menos de seis horas por noite tem um risco 50% maior de morrer
após um ataque cardíaco - e a chance de sofrer um derrame fatal também cresce
15%. A conclusão é de uma pesquisa da Universidade de Warwick, na Inglaterra,
que comprovou o perigo recorrente de uma rotina agitada e irregular de trabalho
que faz com que muitas pessoas descansem cada vez menos em função da sobrecarga
diária, o que já se tornou hábito entre 60% da população adulta.
Segundo
os cientistas, uma noite de sono ruim pode afetar o equilíbrio dos hormônios
grelina e leptina, importantes na regulação do apetite. Isso explicaria por que
pessoas com esse perfil tendem a comer mais e a ter tendência à obesidade, o
que eleva os riscos de pressão alta e doenças cardiovasculares. Por
consequência dessa espécie de círculo vicioso, elas também ficam mais propensas
a ataques cardíacos e derrames.
Metodologia – Para
chegar aos resultados, os pesquisadores analisaram os hábitos de sono de cerca
de 475.000 voluntários que participaram de 15 estudos em oito países, entre
eles Inglaterra, Estados Unidos, Japão e Alemanha. Entre as conclusões, está a
ideia de que o difundido lema de que trabalhar duro é o melhor caminho para se
sobressair tem sacrificado a qualidade do sono e a saúde da população.
“Esse hábito de dormir
tarde e acordar cedo é uma verdadeira bomba-relógio para a saúde. A busca por
um equilíbrio entre vida pessoal e profissional tem feito com que muitos optem
por abrir mão de horas do lazer para garantir que todas as tarefas do dia sejam
feitas”, disse Francesco Cappuccio, da Universidade de Warwick, ao jornal
inglês Daily Mail.
Mas atenção, os
especialistas ressalvam que dormir muito (mais de nove horas) também pode aumentar
as chances de infarto. O estudo foi publicado no periódico European
Heart Journal.
Fonte: Veja
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