Greve na Ufpi deve ser radicalizada em prol da suspensão do calendário acadêmico

Teresina - Há 50 dias em greve, os docentes da UFPI podem decidir nesta segunda-feira (9), em assembleia geral às 15h na ADUFPI, intensificar as mobilizações e radicalizar as ações do movimento grevista por conta do conselho universitário (CONSUN) ter se posicionado contra a suspensão do calendário acadêmico e o governo ter comunicado o corte de ponto dos grevistas.

   Universidade Federal do Piauí, Campus de Picos / Antonio Rocha

"O comando local de greve reafirmou o fortalecimento do movimento grevista dos docentes da UFPI, apesar da decisão ridícula do conselho universitário (CONSUN) com a anuência do reitor Luis santos júnior no último dia (05) de manter o calendário acadêmico, o que certamente trará transtornos para assegurar aos estudantes a integralidade das atividades de ensino, pesquisa e extensão, após o fim da greve e dizer que não cabe ao CONSUN se manifestar sobre a greve já que o assunto é regulamentado por lei específica" declarou Mário Ângelo presidente da ADUFPI.


Vários conselhos Universitários-UFPB, UFRJ, UFPR, entre outros tem se posicionado a favor da greve e suspendido o calendário acadêmico desde o inicio do movimento paredista dos professores das Universidades Federais no dia 17 de maio. Segundo Mário Ângelo "A ausência de negociações em torno da greve dos servidores públicos federais demonstra a intransigência do governo que, até hoje, não apresentou, sequer, uma proposta aos professores.

E agora vem Com ameaça de corte de ponto dos grevistas com a divulgação ontem (6) do COMUNICADO GERAL NR 552047 e NR 552048, assinado pelo Sr SÉRGIO E. ARBULU MENDONÇA, Secretário de Relações de Trabalho no Serviço Público do Ministério do Planejamento, encaminhado aos Dirigentes de Recursos Humanos dos Órgãos e das Entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional para a "adoção das providências na folha de pagamento para efetuar o corte de ponto referente aos dias parados na rubrica específica do SIAPE de falta por greve".

Estamos cientes de que a greve é um direito inalienável dos trabalhadores, já estamos examinando as ações jurídicas que eventualmente se fizerem necessárias. Entendemos que somente com a intensificação da mobilização seremos capazes de reverter às ameaças do governo e pressionar pela abertura de negociações, disse o presidente da ADUFPI.

De acordo com dados do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior a mobilização nacional de professores das instituições federais de ensino chegou à adesão de 95% das instituições. Das 59 universidades, 56 têm professores parados. Na UFPI o comando local de greve diz que 95% dos 1.460 docentes estão com suas atividades paradas.

"Não há perspectiva de a greve das instituições federais de ensino acabar neste mês. O governo federal impede qualquer avanço ao condicionar as negociações à tramitação das leis orçamentárias no Congresso Federal". Se a negociação não for retomada, alerta Mário Ângelo, há a possibilidade de cancelamento do período.

 O Dia

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