Professores da UESPI mobilizam possível greve

Resultado de imagem para uespi de PicosProfessores da Universidade Estadual do Piauí podem deflagrar greve e paralisar suas atividades docentes por tempo indeterminado. Nesta sexta-feira (29) a comunidade acadêmica de Picos irá participar do Dia Nacional da Paralisação em Defesa dos Direitos que poderá levar milhares de pessoas às ruas em várias cidades do país.

Na manhã de hoje (28) acontece uma Assembleia Geral  convocada pela Adcesp - Associação dos Docentes do Ensino Superior da UespinoCampus Poeta Torquato Neto em Teresina para discutirem sobre a possiblidade de greve. A greve pode ser deflagrada em todos os campus da instituição no Piauí.  

Alunos e professores da UESPI de Picos se reuniram no último dia 22 no auditório da instituição para discutirem sobre a possível greve e segundo o professor Tales Antão, tanto alunos quanto professores se mostraram a favor da greve.

“Nós tivemos uma participação maciça de participantes, tanto de alunos como professores e que de certa forma nos surpreendeu porque nessa reunião a gente viu a vontade e o anseio que a comunidade acadêmica tinha por melhoria, principalmente a universidade de Picos, porque a gente tem um campus novo que foi decorrente de muita luta, mas também a gente não pode se conformar só com uma estrutura nova, a gente quer qualidade”, pontuou.

A reivindicação do corpo docente da UESPI de todo Piauí é voltada para o cumprimento da Lei 6.402/2013 que determina o reajuste no salário dos professores que seria parcelado em três anos, 2013, 2014, 2015.

As reivindicações para o campus de Picos vão além da questão salarial, estende-se à melhorias na estrutura, como telefone e internet que o campus ainda não dispõe, biblioteca e laboratórios equipados e um transporte para levar os alunos até à instituição.

O professor Tales Antão fala sobre o apoio à paralização que deve acontecer em Picos. “No dia 29 nós iremos aderir à Paralização Nacional e essa paralização vai acontecer em todo Brasil e aqui em Picos não vai ser diferente, nós vamos dar um show de cidadania, a partir das 7 horas da manhã a gente vai se reunir na Praça João Leopoldo, e vamos marchando junto com toda comunidade acadêmica e instituições de ensino superior até a Praça Felix Pacheco. O comando de greve está acionando todos os campi do interior. Se na assembleia que for decidido pela greve ela deve ser aceita. O sindicato tem autonomia para deliberar a greve dos professores”, destacou o professor.

A professora Edna Moura afirmou apoio à paralização e confirmou apoio à greve, caso seja deflagrada. Segundo ela a instituição precisa de medidas urgentes.

“A importância de sairmos às ruas é mostrar para a sociedade a verdade, mostrar que as desculpas utilizadas pelo governo para não cumprir a lei não condiz com a realidade. Nós temos demandas no campus de Picos, demandas que são vergonhosas, a exemplo disso, nós temos uma linha telefônica hoje no campus de Picos não existe, outra questão bastante grave é a internet, que não tem, como é que se faz pesquisa se você não está antenado com o mundo moderno? Como é que nós vamos desenvolver trabalhos coletivos com os alunos dentro da universidade se não temos nem laboratórios? Precisamos ainda de um ônibus para os alunos, porque é um direito que assiste ao aluno. A biblioteca está ultrapassada, então esse é um problema que não surgiu hoje, existe desde governos anteriores. Então a UESPI de Picos juntamente com a comunidade acadêmica apoia o movimento, pois a educação tem que ser uma pauta de prioridade e estar acima de tudo”, concluiu Edna Moura.

A manifestação que acontece amanhã (29) deve concentrar os ativistas na Praça da Igrejinha a partir das 7h da manhã e segue até a Praça Félix Pacheco.

Fonte: Portal O Povo

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