"Escrever!... Eu escrevo", por Valentim Neto

Valentim Neto, escritor. (Arquivo pessoal)
Há três razões que me possibilitam a escrever: a primeira, é  que Deus me deu o dom de escrever; a segunda, é que gosto de escrever; e a terceira, é que o art. 5º, inciso IX da Carta Magna Brasileira, permite a todo cidadão brasileiro autonomia para expressar os seus pensamentos, seja falados, escritos, cantados, representados, pintados, etc., e, por isso, ESCREVER!... EU ESCREVO.

ESCREVER!... EU ESCREVO, seria eu um covarde, se renegasse um dom doado por Deus, um gosto que me faz bem e um direito que me assegura. Pois, sou um escritor porque sou poeta, tenho três livros de poesias publicados, além da participação em duas antologias poéticas de reconhecimento nacional, sou detentor de várias premiações na arte da poesia, sou acadêmico ocupante da Cadeira nº 12, da Academia de Letras da Região de Picos-ALERP, que tem por Patrono, o Dr. José de Deus Barros e Membro Efetivo da União Picoense dos Escritores-UPE, sempre publiquei os meus escritos, sejam poemas ou artigos, em jornais e rádios de Picos-PI, desde à época que nem se pensava em internet ou rede social, ainda na minha adolescência; todos trabalhos de cunho social, político ou lírico, mas primando sempre pelo respeito às pessoas e instituições, sem denegrir a imagem de ninguém, porém ressaltando uma visão crítica eivada de poesia.

ESCREVER!... EU ESCREVO, tenho sido na comunidade bocainense referência literária na elaboração de trabalhos escritos, como discursos, poesias e eventos escolares. Até porque tive a honra de ser o criador dos símbolos municipais de Bocaina: a bandeira, o brasão e a letra do hino oficial. Pelo reconhecimento da minha personalidade literária e profissional, fui agraciado por esta sociedade com o título de cidadão bocainense, outorgado por unanimidade pela Câmara Municipal de Bocaina. Como já falara em outras oportunidades, não sou árvore desta flora, contudo sou árvore aqui transplantada e que já criou raízes profundas, através dos laços familiares, de amizade e de respeito pela sociedade em geral, pois sou apenas um filho adotivo que tem dedicação, encanto e admiração por esta terra e o seu povo, quiçá muito mais que muitos dos seus filhos legítimos, que apenas a usurpam no desejo incontido de saciarem a ambição e o egoísmo.

ESCREVER!... EU ESCREVO, porque para aniquilar um homem, não é preciso matá-lo, mas apenas eliminar os seus sonhos e seus ideais. Todavia, o homem que não honra nem luta por seus ideais, não é digno nem mesmo de viver, está fadado a pior das mortes, a morte do espírito. Por isso é melhor que elimine o homem, mas que sobreviva os seus ideais, até porque a sua memória não se eterniza numa lápide dura e fria, mas nas suas ações benevolentes, atitudes firmes e no que ele escreveu.

ESCREVER!... EU ESCREVO, escrevo sobre as pessoas, a natureza, os sentimentos, os acontecimentos, a vida, o universo; escrevo sobre tudo que sinto e pressinto no ambiente externo, porém à luz da minha perspicácia, da sensibilidade, da crítica, da lógica e do fazer poético, o qual visualizo a partir da minha alma. 

ESCREVER!... EU ESCREVO, sobre os meus amigos, é óbvio que falo de bem, descrevendo e ressaltando sempre as suas qualidades, isso é ilegal? Daqueles que me veem com maus olhos, nem falo e muito menos escrevo sobre os mesmos, apenas silencio, porque o silêncio faz mais barulho e incomoda muitas vezes, mais do que o próprio barulho.

Portanto, ESCREVER!... EU ESCREVO, porque mesmo que tomem a minha caneta e/ou rasguem o meu caderno, eu vou continuar sendo inspirado, pois, a minha mente ninguém rouba, ninguém usurpa, ninguém viola, ninguém transforma, ninguém elimina, ela é um atributo da alma, ou seja, uma dádiva Divina. Podem até arrancar o meu cérebro, porém a minha mente, esta apesar de abstrata ela é concreta e ainda mais, é eterna. Como dissera o Pe. Antonio Vieira, num dos seus sermões: “O melhor retrato de cada um é aquilo que ele escreve; o corpo, retrata-se com o pincel, mas a alma, retrata-se com a pena.”. Enfim,  ESCREVER!... EU ESCREVO...

Por: Francisco Valentim Neto 





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