Estiagem obriga criadores a venderem rebanho abaixo do preço


PIAUÍ - Atualmente com 128 municípios em estado de emergência por conta da seca, alguns trabalhadores rurais estão sendo obrigados a venderem o rebanho por um preço muito abaixo do mercado. A informação é da presidente da Fetag- Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Piauí-, Elizangela Moura, alertando ainda que na zona rural de algumas cidades já começa a faltar água para consumo humano.

Imagem: Reprodução
De acordo com um estudo do Monitor de Secas do Nordeste, cerca de 90% do território piauiense está em situação de seca extrema e a próxima de chuvas consistentes é somente no final do mês de outubro, segundo a Semar. Com isso, o Ministério da Integração Nacional garantiu o repasse de recursos na ordem de R$ 24 milhões para o Piauí para atender várias cidades.

Enquanto o recurso não chega, os moradores das cidades vivem de improviso. De acordo com a presidente da Fetag, caminhões pipa do exército estão atendendo as cidades mais afetadas e que o clima é caótico, principalmente nas cidades do semiárido. “As cidades estão sendo abastecidas, mas no interior é que há a dificuldade. Temos até informações de que em alguns casos estão atendendo somente a cidade e esquecendo das comunidades rurais”, destaca.

Além da colheita, que já acumula grandes prejuízos, principalmente aos que vivem da agricultura familiar, alguns trabalhadores estão sendo obrigados a venderem o pouco gado que ainda lhes restam. “Sem água, sem ração pela falta de água, eles estão vendendo pelo pior preço pois é a única solução. É melhor do que perder, do que eles morrerem de fome e sede”, finaliza Elizangela.

Fonte: Cidade Verde

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