Greve se fortalece e começa a faltar dinheiro nos caixas eletrônicos


PIAUÍ - A greve nacional dos bancários completa, nesta segunda-feira (19), 14 dias. Sem acordo com os banqueiros, o movimento paredista está ganhando mais adesões e, em algumas agências bancárias do Piauí, já falta dinheiro nos terminais eletrônicos. A informação é do presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí, Arimatea Passos. 

Foto: Antonio Rocha
Segundo o mais recente levantamento do Sindicato da categoria, em todo Piauí 143 agências e postos bancários estão com atendimento bancário paralisado. São eles: Banco do Brasil: 59; Caixa Econômica Federal: 46; Banco do Nordeste do Brasil (BNB): 16; Bradesco: 7; Santander: 7; Itaú: 6; HSBC: 2. 

“Em Teresina todas as agências bancárias públicas estão paralisadas. Alguns bancos privados não aderiram 100% ao movimento, mas estão funcionando de forma precária. Ainda não encerramos levantamento de quantas, mas já temos a confirmação de que está faltando dinheiro nos caixas eletrônicos de algumas agências”, informa o presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí, Arimatea Passos. 

Mesmo diante do transtorno, ainda não há previsão para o fim da greve. A última proposta feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), no dia 9 de setembro, foi de reajuste salarial de 7% e abono de R$3.300 (para ser pago de uma única vez). A categoria pede aumento 15% [5% de incremento real acima da inflação, que está com índice de 10%], além de melhoria nas condições de trabalho, segurança nas agências, mais contratações, fim do assédio moral e das metas abusivas, maior participação nos lucros, dentre outras reivindicações. 

“A Fenaban só apresentou proposta de reajuste em 7% e o abono de R$3.300. Os banqueiros não tocam nas outras questões que estamos cobrando, como a melhoria na segurança e melhores condições de trabalho”, lamenta Arimatea Passos. 

Em nota, a Federação Nacional dos Bancos alegou que a proposta apresentada “traduz o esforço dos bancos por uma negociação rápida e equilibrada, capaz de atender às demandas por correção salarial e outros itens da Convenção Coletiva com um modelo ajustado à atual conjuntura econômica”. 

Arimatea ressalta que os bancários continuarão reivindicando reajuste em 15%. Ele defende que o setor bancário não está em crise financeira e que as reivindicações podem ser atendidas. O Comando Nacional da Greve aguarda nova proposta da Fenaban para decidir os rumos do movimento. 

Fonte: Cidade Verde

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