Réus são condenados a mais de 100 anos de prisão em Picos

Os acusados de agenciarem e executarem o empresário jaicoense Epaminondas Coutinho Feitosa foram condenados pelo Tribunal do Júri. As penas somadas chegam a ultrapassar 100 anos de reclusão.

Foto: Jaqueline Fiqueredo / Cidade Verde Picos 

A sessão do júri popular foi concluída às 22h30min da última terça-feira (06). Durante dois dias de julgamento, que durou mais de 35h, foram interrogados os réus Tiago Osório Cavalcante e o irmão Yago Osório, Irinaldo José do Nascimento (Teté) e Manoel dos Santos Matos (Santinho).

Além disso foram ouvidas seis testemunhas e ocorreu os debates entre acusação e defesa.

Diante do procedimento, os jurados reconheceram as qualificadoras de meio cruel, impossibilitando que a vítima se defendesse, recebendo ainda pagamento pelo homicídio. 

Condenação

O Conselho de Sentença reconheceu por maioria de votos a materialidade dos fatos, onde os acusados Irinaldo José do Nascimento e Manoel dos Santos Matos foram os autores do homicídio.


O réu Tiago Osório Cavalcante é considerado agenciador à medida que contratou pessoas para matar a vítima e o seu irmão Yago Osório foi visto nas imediações da cena do crime por câmeras de segurança.

O réu Tiago Osório Cavalcante foi condenado a 30 anos de reclusão e seu irmão Yago Osório Cavalcante foi condenado a 28 anos e 7 meses de reclusão. Já Manoel dos Santos Matos foi condenado a 26 anos e 4 meses de reclusão pelo crime de homicídio e a 1 ano de 3 meses de detenção pelo crime de posse ilegal de arma de fogo de uso proibido. O réu Irinaldo José do Nascimento  foi condenado a 26 anos e 4 meses de reclusão.

Réus durante julgamento

A juíza da 5ª Vara Criminal, Nilcimar Rodrigues de Araújo Carvalho, concedeu ao Yago Osório a possibilidade de recorrer da sentença e pedir cumprimento em liberdade. Já os demais réus foram impossibilitados de recorrerem à sentença, cumprindo a prisão em regime fechado.

Relembre o caso

Epaminondas Coutinho Feitosa foi assassinado na porta de casa, com cerca de 10 tiros, no dia 8 de junho de 2013, quando retornava de uma atividade na escola do filho. A mandante do crime foi sua esposa, Antônia Andrade, que, segundo as investigações, cometeu o delito para receber um seguro de vida em nome da vítima.

Ela foi condenada a 24 anos de prisão no ano de 2015, mas havia recebido Habeas corpus e estava foragida desde 2017, tendo sido recapturada no ano passado.

Os executores foram presos menos de um mês após o crime, no dia 05 de julho de 2013. De todos os envolvidos, apenas Santinho segue foragido.

Paula Monize / Cidade Verde 

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